sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A visão do homem dentro e fora do santuário.

Então Davi deixou ali, diante da arca do concerto do Senhor, a  Asafe e a seus irmãos levitas como encarregados permanentes da adoração que era feita no lugar onde a arca da aliança havia sido colocada. Eles deviam cumprir ali os seus deveres todos os dias”. I Crônicas 16.37.

Como diz o texto de I Crônicas 16:37, Asafe foi escolhido para servir no santuário. Em seus salmos, ele glorifica a Deus pela presença do Senhor, mas durante um período de sua vida, Asafe esteve fora do santuário, longe da presença de Deus. No salmo 73, versículos 1 ao 16, ele relata suas aflições, algo que muitos servos de Deus vivem hoje. No versículo 2 Asafe quase se desvia do caminho, “quanto a mim, os meus pés quase que se desviaram; pouco faltou para que escorregassem os meus passos.” Já nos versículos 3 ao 16 Asafe tem inveja da prosperidade dos ímpios “3 Pois eu tinha inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade dos ímpios. 4 Porque não há apertos na sua morte, mas firme está a sua força. 5 Não se acham em trabalhos como outra gente, nem são afligidos como outros homens. 6 Pelo que a soberba os cerca como um colar; vestem-se de violência como um adorno. 7 Os olhos deles estão inchados de gordura; superabundam as imaginações do seu coração. 8 São corrompidos e tratam maliciosamente de opressão; falam arrogantemente. 9 Erguem a sua boca contra os céus, e a sua língua percorre a terra. 10 Pelo que o seu povo volta aqui , e águas de copo cheio se lhes espremem. 11 E dizem: Como sabe Deus? Ou: Há conhecimento no altíssimo? 12 Eis que estes são ímpios; e, todavia, estão sempre em segurança, e se lhes aumentam as riquezas. 13 Na verdade que em vão tenho purificado o meu coração e lavado as minhas mãos na inocência. 14 Pois todo dia tenho sido afligido e castigado cada manhã. 15 Se eu dissesse, também falarei assim; eis que ofenderia a geração de teus filhos. 16 Quando pensava em compreender isto, fiquei sobremodo perturbado”.

Há uma grande diferença na visão do homem dentro e fora do santuário. Assim como Asafe, quando estamos fora do santuário, longe da presença de Deus que na ocasião era representada pela arca da aliança, mas que hoje está em nós, nos desviamos e nossos passos vacilam (versículo 2), invejamos a prosperidade do ímpio (vers. 3 ao 12), pensamos que a santidade não vale mais a pena (versículo 13), pensamos que Deus está sendo injusto conosco e que ele está nos castigando (versículo 14) e também, pensamos que nos comportando como os ímpios, ofenderíamos nossos irmãos, nossos líderes, nossa família mas a preocupação em ofender a Deus talvez não passe pela nossa cabeça (versículo 15). De repente,  ficamos perturbados com esses pensamentos, confusos, tentando ainda compreender por que estamos passando por toda essa tribulação e o ímpio, que não serve a Deus como eu tento servir, acumula riquezas (versículo 16).

17 Até que entrei no santuário de Deus; então entendi o fim deles.”

O versículo 17 foi um “divisor de águas” na vida de Asafe, porque diante da presença de Deus, ele pôde perceber que a leve e momentânea tribulação passaria, ele começa então a glorificar a Deus porque tinha esperança em dias melhores. Como poderiamos comparar 70, 80 ou 90 anos desta vida com a eternidade diante do Senhor nosso Deus? O que nos espera é uma coroa de glória, juntos ao Pai viveremos eternamente. Nesse sentido, a riqueza do ímpio não é nada diante da glória de Deus. Ele nos daria, se fosse necessário, riquezas nesta terra, no entanto, como diz a Palavra de Deus no evangelho de Mateus capítulo 16, versículos 19 ao 21 “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” Nosso coração deve estar em Jesus, Ele é o nosso Deus. O ímpio tem como deus o dinheiro, os bens, as riquezas, a fama, o glamour etc. Porém, "Os que esperam no Senhor renovarão as suas forças, subirão com asas como águias, correrão e não se cansarão, caminharão e não se fatigarão..." Isaías 40:31. A visão de Asafe mudou quando ele estava fora do santuário, porque fora da presença de Deus nos esquecemos das promessas que Ele nos fez. Mas quando entramos novamente no santuário, assim como a águia, renovaremos nossas forças para voos mais altos e visão mais aguçada.

Que você e eu através dessa mensagen, possamos cada vez mais nos apegar a Jesus para uma renovação diária em nossas vidas.

Que Deus vos abençoe,              

Kleber Martins

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Fé, razão e amor.

Será que a fé e a razão podem ter alguma ligação? É importante primeiramente sabermos sobre os conceitos desses termos. Fé, segundo a Bíblia é “o firme fundamento das coisas que não se veem e a plena convicção daquilo que se espera.” Hebreus 11:1. Já o termo Razão segundo a Filosofia é “a capacidade da mente humana que permite chegar a conclusões a partir de suposições ou premissas”. Pensando nos conceitos acima, não haveria ligação entre fé e razão, pois fé seria algo que ainda não está definido, não tenho provas, apenas creio que pode acontecer mesmo na improbabilidade. No caso da razão, pensamos naquilo que é mais provável, devido a fatos concretos anteriormente comprovados.

Deus criou o homem como um ser racional, com capacidade de pensar, agir e definir suas escolhas. Portanto a razão é indispensável para o ser humano. Ao mesmo tempo, ele nos deu um dom, chamado fé. Mas quando o apóstolo Paulo escreve aos coríntios, vemos no capítulo 13 versículos 8 e 9 o seguinte, “porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar”. A ciência, que defende a razão e a fé que defende o transcedental, ou seja, tudo aquilo que está além do limites conhecidos do universo, foram dadas por Deus. Então, devemos saber que todas as coisas vem de Deus, mas o maior dom dado por ele, não é o da ciência, nem da fé, e sim o amor. Em 1 Coríntios capítulo 13, versículo 13, Paulo escreve: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o amor”. Preciso da fé para agradar a Deus, mas preciso da razão para não ferir o meu próximo. O amor, é o vínculo que me faz ter fé para dar o primeiro passo, e a razão é o que me faz pensar se ao dar esse primeiro passo estou pisando em alguém.

Que o Senhor vos abençoe,

Kleber Martins

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Essa tal "Felicidade".

Pensei muito sobre o que é felicidade, ela está em mim? Segundo o Dicionário Aurélio, felicidade é "êxito, sucesso, satisfação pessoal ou do outro. Algo que ocorre, uma circunstância ou situação.” Será que a felicidade estaria ligada ao dinheiro? Ao prazer sexual? A um sonho que realizo? Ao sucesso profissional? Penso que essas e outras realizações pessoais podem me trazer uma satisfação momentânea, mas não essa tal “felicidade”. Esse assunto parece simples mas muitos estudiosos, entre eles, filósofos, cientistas, sociólogos e teólogos, tentam explicar sobre o tema.


Como posso ser feliz o tempo todo, se o mundo está em ruinas? Como ser feliz o tempo todo, se vejo nos noticiários que crianças morrem de fome em várias partes do mundo? Como posso ser feliz o tempo todo, diante da situação vergonhosa do meu país, onde a maior parte da população sobrevive na miséria? Sendo assim, será que a felicidade existe? Se o tema fosse fácil de responder, não seria alvo de tantas discussões entre os estudiosos. Realmente, se trata de um debate difícil, porque o ser humano, na maioria das vezes, não sabe o que quer. Se eu fosse feliz por mim mesmo, seria um louco, um egocêntrico, um cego espiritual. Não posso fingir que o caos não existe, se ele está diante dos meus olhos.


Jesus, no sermão da montanha diz: “Bem aventurados os que choram, porque eles serão consolados.” A palavra bem aventurado significa “mais que feliz”. Como podem então os que choram serem felizes? O choro em questão, não é choro de alegria mas de tristeza, porque o final do versículo diz, “serão consolados”. Refletindo no que diz esta passagem das Sagradas Escrituras em relação a felicidade, logo, consigo entender em parte, o que ela significa. Existem pessoas que choram tendo muito, e também pessoas que riem, tendo pouco. Quando consigo mesmo na tristeza levar alegria a alguém, então, sou feliz. Quando passando por dificuldades, ajudo o meu próximo a enfrentar problemas, então, sou feliz. Na verdade, levar o fardo do meu próximo, é mais fácil do que levar o meu, esse, eu devo entregar para Deus. No sermão da montanha, Jesus diz que, os que choram serão consolados, e não os que riem. Só Deus pode consolar. Eu não devo buscar a felicidade, eu devo é fazer o outro feliz, isso, eu consigo. O homem nunca está satisfeito, por mais que conquiste o que quer, mas aqueles que se preocupam com o próximo, que veem o outro sorrir, e se satisfazem com isso, estão no caminho certo para a felicidade. Os que buscam a verdade, mesmo que a verdade os faça abrir mão de suas pressuposições e preconceitos em prol de um bem comum, estão no caminho certo para a felicidade. E os que dispõe do seu tempo, de parte de sua vida, para cuidar de alguém, estão no caminho certo para a felicidade. Em suma, se quero para o meu semelhante, o mesmo que quero para mim, posso ser feliz, caso contrário, só estou pensando que sou o que na realidade não sou. A minha felicidade, depende do caminho que trilho, Jesus. Da verdade que vivo, Jesus. E da vida que tenho, Jesus. Pois Ele é o caminho, a verdade e a vida.

Que o Senhor vos abençoe,

Kleber Martins